O caso permanece sob responsabilidade do 87º Distrito Policial (Vila Pereira Barreto) e do DHPP. A expectativa é de que, com os laudos periciais e a análise das imagens de segurança, novos elementos possam esclarecer o que realmente aconteceu com Adalberto Amarilio dos Santos Junior. Até lá, a dor da família se mistura com a perplexidade de um crime sem respostas claras. Corpo de Empresário é Encontrado em Buraco no Autódromo de Interlagos: Caso Intriga Polícia e Família O desaparecimento e posterior localização do corpo do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, de 35 anos, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, continua cercado de dúvidas e mistérios. O caso, que chocou a população e está sendo investigado pela Polícia Civil com o apoio do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), levanta questionamentos não apenas sobre as circunstâncias da morte, mas também sobre falhas na segurança e no controle de obras públicas. Adalberto foi visto pela última vez na noite de sexta-feira, após participar de um evento voltado a experiências com motocicletas no autódromo. De acordo com um amigo, ele teria se despedido dizendo que iria buscar seu carro no estacionamento do local. A partir daí, não foi mais visto. O corpo foi encontrado quatro dias depois, na terça-feira, por trabalhadores de uma obra da Prefeitura de São Paulo que realizavam serviços de requalificação da pista e
construção de um novo muro no entorno do autódromo. O buraco onde o corpo foi localizado tinha aproximadamente três metros de profundidade e entre 45 e 80 centímetros de diâmetro.
O local, cercado por tapumes, estava classificado como um espaço confinado e de difícil acesso, o que exigiu uma operação de resgate complexa e especializada por parte do Corpo de Bombeiros. Um bombeiro desceu até o corpo utilizando colete de segurança, capacete, máscara e luvas. Com apoio de uma escada usada como ponto de ancoragem, cordas e sistema de içamento, o corpo foi removido de forma segura.
Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública, não havia marcas aparentes de agressão ou sangue no corpo de Adalberto, que foi encontrado sem calça nem tênis. O capacete usado no evento, assim como sua carteira e celular, também estavam no buraco.
A polícia estima que ele tenha morrido entre 36 e 40 horas antes de ser encontrado, e que o corpo tenha sido colocado no local já sem vida. A principal linha de investigação considera que ele não tentou sair do buraco, o que reforça a tese de que ele já estava morto quando foi deixado ali.
Ainda há muitas lacunas a serem preenchidas. A principal delas é a causa da morte, que permanece indeterminada. A polícia ainda não concluiu onde, de fato, Adalberto morreu. Também não há explicações para o fato de ele estar parcialmente sem roupas.
45A ausência de ferimentos visíveis levanta a possibilidade de morte por causas não violentas, mas essa hipótese ainda precisa ser confirmada pela perícia.
A organização do evento de motocicletas afirmou estar colaborando com as investigações e entregou imagens de câmeras de segurança dos portões de acesso ao autódromo. No entanto, até o momento, ninguém foi preso ou identificado como suspeito.
A família do empresário, abalada com a tragédia, também relatou que a conta bancária de Adalberto não registrou nenhuma movimentação desde o dia do desaparecimento, afastando a hipótese de assalto ou sequestro com extorsão. Isso reforça ainda mais o mistério que cerca sua morte.
O caso permanece sob responsabilidade do 87º Distrito Policial (Vila Pereira Barreto) e do DHPP. A expectativa é de que, com os laudos periciais e a análise das imagens de segurança, novos elementos possam esclarecer o que realmente aconteceu com Adalberto Amarilio dos Santos Junior. Até lá, a dor da família se mistura com a perplexidade de um crime sem respostas claras.