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Amigo diz que empresário encontrado em buraco em Interlagos usou maconha e “estava alterado”

Morte de empresário em Interlagos levanta suspeitas de ato criminoso O caso do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, de 35 anos, encontrado morto em uma escavação no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, tem gerado grande repercussão e segue sob investigação da Polícia Civil. O corpo do empresário foi localizado na terça-feira (3), três dias após seu desaparecimento, em uma vala de três metros de profundidade e cerca de 80 centímetros de diâmetro, utilizada em obras de engenharia dentro do autódromo. As circunstâncias da morte ainda são nebulosas, e a polícia agora trabalha com a hipótese de que o empresário tenha sido vítima de um ato criminoso. Adalberto desapareceu na noite da sexta-feira (30), logo após assistir a um show do cantor Matuê, parte de um evento realizado no local. Ele estava acompanhado de um amigo, Rafael, que foi a última pessoa a vê-lo com vida. Em depoimento à polícia, Rafael afirmou que Adalberto consumiu oito copos de cerveja e usou maconha, adquirida no local com desconhecidos. O amigo relatou que, após o consumo, o empresário ficou “alterado e bastante agitado”, o que pode ter contribuído para sua vulnerabilidade naquele momento. Após se despedir do amigo, Adalberto teria dito que daria a volta no autódromo para buscar o carro. No entanto, ele nunca chegou ao veículo, e desapareceu em um trajeto de apenas 200

metros entre o local do show e o estacionamento. Sua esposa, preocupada com a ausência de contato desde as 19h40min da sexta-feira, entrou em contato com Rafael na madrugada de sábado (31). Desde então, as buscas foram iniciadas, culminando na descoberta do corpo três dias depois.

Quando encontrado, Adalberto estava sem calça e sem tênis, o que aumenta as suspeitas sobre o que teria acontecido nas horas seguintes à sua despedida. A Polícia Civil, por meio do Departamento de Homicídios de São Paulo, afirmou que o empresário foi colocado na escavação já desacordado, o que reforça a possibilidade de um crime. Segundo a diretora do departamento, Ivalda Aleixo, não há indícios de que ele tenha caído no local por acidente.

O Instituto de Criminalística também apontou que a causa provável da morte teria sido compressão torácica e asfixia. Ricardo Lopes Ortega, diretor do Instituto, explicou que a equipe usou alta tecnologia para preservar a cena do crime, incluindo drones e scanners 3D. Apesar de não haver marcas de violência visíveis ou fraturas no corpo, a complexidade do caso exige exames mais aprofundados.

Estão sendo aguardados os resultados dos exames toxicológicos, anatomopatológicos e subungueais (estes últimos analisam resíduos encontrados sob as unhas da vítima, como pele ou sangue, que podem indicar sinais de luta). Ainda não há prazo para a finalização desses laudos.

A investigação ganhou novos elementos na quinta-feira (5), quando garis encontraram uma segunda calça nas imediações do autódromo. A peça pode ser a mesma que Adalberto usava no dia em que desapareceu e está sendo periciada. Uma calça anterior, encontrada em uma lixeira da região na quarta-feira (4), havia sido descartada após a família não reconhecê-la como pertencente ao empresário.

Além da perplexidade pela morte repentina, a esposa de Adalberto revelou que ele possuía um patrimônio milionário, o que adiciona ainda mais complexidade ao caso. Motivações como roubo ou envolvimento em conflitos pessoais ou profissionais não estão descartadas.

O caso, que inicialmente parecia ser mais um desaparecimento trágico, agora é tratado como possível homicídio. A família e amigos aguardam respostas, enquanto a polícia segue analisando os detalhes para entender o que aconteceu naquela noite e quem seria o responsável pela morte de um empresário jovem, pai de família e com uma carreira sólida.

A cidade e o país acompanham o desenrolar dessa investigação com expectativa, esperando que a verdade venha à tona e que a justiça seja feita.

 

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